Marchar Separado, Golpear Juntos: De Marx à Trotsky

“Os epígonos atuais, ou seja, os muitos maus discípulos de Lenin, adoram cobrir suas lacunas em todos os aspectos com citações que, muitas vezes, não são em absoluto apropriadas. Para um marxista, não é a citação, senão o método correto o que permite resolver o problema. Mas com a ajuda de um método correto não é difícil encontrar a citação conveniente.” Leon Trotsky

No presente texto pretendemos analisar a origem e, principalmente, o significado do lema “marchar separado, golpear juntos” tomado pelos bolcheviques, Lênin em particular, como um critério para definição de frentes, de diversos tipos, com outras organizações. Trata-se de uma orientação largamente esquecida e praticamente sepultada pelos marxistas desde o pós-guerra. Em função disso, é uma tarefa da maior importância reexaminarmos o alcance e consequências contidas nessa formulação.

A posição de Marx, Lênin e Trotsky sobre as frentes
De início, a título de mera curiosidade histórica, observamos que a origem da expressão é alemã e, como tantas outras formulações apropriadas pelo marxismo, tem origem militar. Mais precisamente com o marechal alemão Helmuth von Moltke, que comandou as batalhas que culminaram na unificação do Estado alemão sob liderança da Prússia na segunda metade dos anos 60 do século XIX. Seu princípio estratégico era sintetizado na frase: “marchar separado, golpear juntos” (Getrennt marschieren, vereint schlagen), que dizia respeito basicamente as batalhas em campo aberto.

Não é estranho, assim, que Marx jamais tenha usado diretamente a expressão. No entanto, seu conteúdo pode ser claramente identificado na “Mensagem ao comitê central da Liga dos Comunistas” de março de 1850, quando diz que “A atitude do partido operário revolucionário em face da democracia pequeno-burguesa é a seguinte: marchar com ela na luta pela derrubada daquela fração cuja derrota é desejada pelo partido operário; marchar contra ela em todos os casos em que a democracia pequeno-burguesa queira consolidar a sua posição em proveito próprio” (MARX, 1982, p.85). Não sem razão, a sugestão de Marx ao partido operário no que diz respeito as eleições será:

“Ao lado dos candidatos burgueses democráticos figurem em toda parte candidatos operários, escolhidos na medida do possível entre os membros da Liga, e que para o seu triunfo se ponham em jogo todos os meios disponíveis. Mesmo que não exista esperança alguma de triunfo, os operários devem apresentar candidatos próprios para conservar a independência, fazer uma avaliação de forças e demonstrar abertamente a todo mundo sua posição revolucionária e os pontos de vista do partido. Ao mesmo tempo, os operários não devem se deixar enganar pelas alegações dos democratas de que, por exemplo, tal atitude divide o partido democrático e facilita o triunfo da reação. Todas essas alegações tem o objetivo de iludir o proletariado. Os êxitos que o partido operário alcançar com semelhante atitude independente pesam muito mais do que os danos que possa ocasionar a presença de uns quantos reacionários na assembleia representativa.” (MARX, 1982, p.90)

Já em Marx, podemos constatar que a orientação acima citada não é uma mera tática dentre outras, mas uma orientação geral a ser observada em todos os casos, já que se trata de um texto programático direcionado ao comitê central da Liga dos Comunistas que abrangia diversos países. Não se trata, portanto, da análise de um caso específico, mas de um texto que, a época, foi tomado como um complemento programático ao Manifesto Comunista, incorporando as experiências das revoluções de 1848-1849. Tanto é assim que somente a segunda parte da Mensagem, escrita como um documento separado, trata das especificidades dos países europeus que a Liga dos Comunistas intervia.

Tampouco se trata de um dogma, mas de um critério de análise da realidade que comporta, conforme a situação, formas diversas de aplicação. No entanto, como todo critério que procura vincular o caso particular com a universalidade do programa, tem como consequência uma orientação geral. Daí a indicação, por exemplo, de que “na medida do possível”, nos processos eleitorais, figurem em toda parte candidatos operários escolhidos entre os membros da Liga dos Comunistas.

Mas é bom lembrar que na época de Marx a legalidade de partidos e organizações operárias, sobretudo políticas, eram raras e praticamente inexistentes. Que dirá, como nas décadas que se seguiram, organizações reformistas que procuravam apoiar seu discurso em Marx. Não sem razão, é com a guinada reformista da social-democracia alemã e a emergência da fração menchevique na social-democracia russa no início do século XX, que tal tema será retomado e reexaminado, particularmente por Lênin.

É exatamente nesse contexto que a formulação “marchar separados, golpear juntos” adentra a tradição bolchevique. O momento dessa incorporação pode ser datado de forma precisa. Se deu por meio de Parvus, um russo radicado na Alemanha e membro da social-democracia alemã, mas que atuou conjuntamente com Trotsky na revolução de 1905, sendo, inclusive, coautor da primeira elaboração da teoria da revolução permanente. Foi justamente ao prefaciar um escrito de Trotsky, ainda no inicio de 1905, em meio a polêmica de se os revolucionários deveriam ou não participar de um governo provisório que resultasse da revolução em curso, que Parvus diz: “É necessário servir-se de todas as correntes revolucionárias e de oposição, mas, ao mesmo tempo, temos que preservar a capacidade de ação política autônoma”. Em seguida, enumera os seguintes critérios:

  1. Não mesclar organizações: Marchar separados, golpear juntos.
  2. Não renunciar a suas próprias revindicações políticas.
  3. Não ocultar as divergências de interesses.
  4. Seguir a seu aliado como se segue no trilho a um inimigo.
  5. Preocupar-se mais em utilizar a situação criada pela luta do que preservar um aliado. (PARVUS, 2016, p.4)

Pois bem, tanto o prefácio de Parvus, como o escrito de Trotsky, serão alvo da crítica de Lênin, exceto o trecho acima indicado, sucessivas vezes retomado por ele no período subsequente. Vejamos.

No artigo “Um acordo de luta para a Insurreição”, de fevereiro de 1905, Lênin diz que a “história das épocas revolucionárias nos ministra muitos exemplos de enormes danos que causam as experiências precipitadas e imaturas de uma ‘unidade de luta’ em que se juntam os elementos mais heterogêneos para formar comitês do povo revolucionário”. E adverte: “com o que só se obtém o inevitável resultado de fricções mútuas e amargos desenganos”. Interessante notar que Lênin não se refere, nesse trecho, a especificidade do processo de 1905, mas a uma lição da “história das épocas revolucionárias”. E isto tem sua razão de ser. Afinal, o “marxismo, que vocês consideram um dogma estreito, é para nós a síntese dessas lições históricas, dessa orientação que a história nos oferece”. E continua Lênin: “vemos no partido independente e inconciliavelmente marxista do proletariado revolucionário a única garantia da vitória do socialismo e o caminho que está mais livre de vacilações para a vitória”. “Por essa razão, não renunciaremos jamais, nem mesmo nos momentos mais revolucionários, à total independência do partido social-democrata, nem à absoluta intransigência de nossa ideologia” (LENIN, 1980, 162).

Como se desprende das palavras de Lênin, a necessidade das frentes ocorre, sobretudo, nos momentos revolucionários, em função da necessidade de reunir as forças em movimento para golpear o inimigo em comum. Mas mesmo nesses casos, a única garantia de vitória do socialismo está em um partido do proletariado que seja independente e inconciliavelmente marxista. É nesse contexto que Lênin diz que “devemos, inevitavelmente, marchar separados, mas podemos mais de uma vez e, em particular agora, golpear juntos”. E mais adiante complementa: “uma clareza e precisão absoluta nas relações entre os partidos, tendências e matizes é premissa absolutamente necessária para todo acordo provisório mais ou menos fecundo entre eles” (LENIN, 1980, 162). Importante notar provisoriedade dos acordos entre distintas organizações. Afinal, na acepção de Lênin, um acordo não pode ser fundado em um programa comum, uma linha média entre as concepções de duas ou mais organizações, mas na necessidade de uma ação em comum.

Alguns meses mais tarde, Lênin escreve outro artigo denominado “A Ditadura Democrática Revolucionária do Proletariado e do Campesinato”. Tal artigo tem o mérito de explicitar a natureza de classe das organizações envolvidas em uma possível frente. Diz que “a participação no governo provisório revolucionário seria extremamente perigosa se a social-democracia esquecer, ainda que por um só instante, as diferenças de classe existente entre o proletariado e a pequena-burguesia; se concluir tardiamente uma aliança desfavorável para nós com um ou outro partido pequeno burguês de intelectuais que não mereça confiança; se a social-democracia perder de vista, ainda que por um só momento, seus objetivos independentes e a necessidade (em todas as circunstâncias e conjunturas políticas de qualquer tipo, em todas as viragens e alterações políticas sem exceção) de colocar em primeiro plano o desenvolvimento da consciência de classe do proletariado e de sua organização política independente”. E complementa logo a seguir “Parvus sublinha com toda energia uma das condições que jamais devemos esquecer: golpear juntos e marchar separados, não mesclar organizações, vigiar o aliado como um inimigo, etc.” (LENIN, 1980, 309).

Como se nota, os elementos acima indicados devem ser levados em conta “em todas as circunstâncias e conjunturas política de qualquer tipo, em todas as viragens e alterações políticas sem exceção”, sendo algo que “jamais devemos esquecer”. Por isso, não se trata de uma análise circunstancial, mas algo que deve ser considerado em todas as situações, nas palavras de Lênin, sem qualquer exceção. Importante ressaltar que a questão era posta nesses termos por Lênin mesmo nessa época, quando seu programa para a Rússia ainda não era o da revolução socialista, mas uma democracia burguesa sob direção de um governo operário e camponês.

Por fim, não podemos deixar de mencionar outro artigo de Lênin, de 1907, que trata das eleições para a Duma, denominado: “Os bolcheviques e a pequena burguesia”. Nesse artigo, Lênin coloca a seguinte questão: “Como garantir que os pequenos burgueses reconhecidos por Novi Luch[jornal trudovique] como aliados não trairão e se colocarão ao lado dos kadetes?”. Como se sabe, os Trudoviques eram uma cisão de um típico partido socialista pequeno burguês de esquerda, os socialistas revolucionários. E responde em seguida: “Precisamente porque é impossível garantir tal coisa estamos contra qualquer acordo permanente com os Trudoviques. Nossa linha é, ‘marchar separadamente, golpear juntos’ ”. E complementa: “Precisamente assim procedemos nas eleições de São Petersburgo e assim procederemos sempre” (LENIN, 1981, 175).

Não é causal, portanto, o fato desse lema Bolchevique ser retomado inúmeras vezes por Leon Trotsky sempre que o tema em debate era a natureza e objetivo das frentes e blocos entre organizações. Isto se dará nos debates sobre a frente única entre Social-democracia e o Partido Comunista na Alemanha diante do Nazismo, no caso da Frente Popular francesa e, mesmo, em carta em que aconselha ativistas indianos diante das correntes nacionalistas daquele país. No entanto, um documento em especial se reveste de particular interesse tendo em vista os propósitos desse artigo. Em uma carta que se acredita estar dirigida à Wolf Weiss, alemão exilado na Tchecoslováquia, Trotsky responde exatamente a pergunta de qual a atitude dos revolucionários diante da frente única. Ou seja, trata-se de uma resposta com valor universal e não da análise de um caso específico. Nessa carta, Trotsky assim sintetiza a questão:

Em relação à frente única, creio que é difícil colocar o problema com clareza, devido a tendência comum de confundir os muitos significados da mesma. O conceito de “frente única” está estreitamente ligado ao conhecido lema: marchar separados, mas golpear juntos. A frente única é necessária se temos de golpear juntos. Por isso, não se trata de uma instituição permanente, senão um plano de batalha circunstancial. Em épocas de “quietude”, a frente única seria a exceção. Em um período revolucionário, a frente única pode estender-se e mesmo assumir formas organizativas (por exemplo, a formação dos soviets revolucionários). Seja como for, em todos os casos se trata de estreitar fileiras para golpear; a premissa paralela é a existência de organização de massas.

Tomemos um exemplo da falecida “frente única” do ILP e do PC britânico. Era uma aliança permanente entre grupos de propaganda. Isto não é uma frente única, senão o reconhecimento franco de que um dos grupos (ou talvez ambos) não possuem direito a uma existência política independente. Marcham juntos antes de terem reunido as forças necessárias para golpear. Quem tem algo a dizer à classe operária, deve marchar só. […] (TROTSKY, 1979, p.321-322).

Como se vê, antes de se tratar de uma frase de efeito, uma formulação episódica e circunstancial; a formulação “marchar separados, golpear juntos” traduz um critério a ser considerado na análise de cada caso particular. Um critério revindicado e por diversas vezes aplicado tanto por Marx, como Lênin e Trotsky. Apesar disso, como podemos constatar facilmente, seu uso e, sobretudo, seu significado, foi submetido a um largo esquecimento no interior do marxismo.

Um novo critério: Gramsci
Reconstituir a história desse esquecimento não é tarefa das mais simples. Longe de querer responder a essa questão, o que exigiria um estudo de fôlego, é possível indicar, ao menos, que um dos seus capítulos se encontra em Gramsci, particularmente em seus Cadernos do Cárcere. No terceiro volume da edição brasileira temos um tópico que trata exatamente do que seria a “passagem da guerra manobrada (e do ataque frontal) à guerra de posição também no campo político” (GRAMSCI, 2004, 255). Na sequência, Gramsci diz que “essa parece ser a questão de teoria política mais importante posta pelo período do pós-guerra e a mais difícil de resolver corretamente. Ela está ligada às questões levantadas por Bronstein[Trotsky], que, de um modo ou de outro, pode ser considerado o teórico político do ataque frontal num período em que este é apenas causa de derrotas” (GRAMSCI, 2004, 255). Aqui já se começa a vislumbrar um critério radicalmente diverso daquele aplicado pelos autores clássicos, em que a política não se hierarquiza pela luta direta, o ataque frontal, mas pela chamada guerra de posição, nesse trecho, confrontada diretamente com as posições de Trotsky.

Como se sabe, na acepção de Gramsci, no ocidente capitalista do pós-guerra, a questão da revolução proletária deixava de ser produto da ação direta do proletariado – guerra de movimento – passando a ser, muito mais, produto da guerra de posição, isto é, a preponderância da disputa por hegemonia no interior dos organismos da sociedade civil. Motivo pelo qual a frente única deixava de ser algo momentâneo, circunstancial; para se tornar uma “tática” sujeita a vigorar por todo um longo período. Mais ainda, antes de se tratar de um “cerrar fileiras para golpear”, algo tendo em vista um “ataque frontal” ao inimigo; a frente única era ampliada para o “campo político”. Não sem razão, Gramsci avalia que a política de frentes do bolchevismo, tal como aplicada no interior da própria Rússia, estaria superada. Esse é o sentido que Gramsci confere a política de frente única adotada no terceiro congresso da III Internacional. Diz ele: “parece-me que Ilitch[Lênin] havia compreendido a necessidade de uma mudança da guerra manobrada [de movimento], aplicada vitoriosamente no Oriente em 1917[Revolução Russa], para a guerra de posição, única possível no Ocidente […] Parece-me este o significado da fórmula da frente única” (GRAMSCI, 2004, 262).

Tanto é assim que, mais adiante, Gramsci exemplifica com o caso do Comitê Anglo-Russo na Inglaterra. Deixa claro que o critério para as frentes agora é outro:

Somente em um caso deveria existir uma ruptura entre os comunistas e a esquerda inglesa: se a Inglaterra estiver à beira da revolução proletária e nosso Partido for suficientemente forte para encaminhar sozinho a insurreição. (GRAMSCI, 2004, 382)

Considerações finais
É preciso compreender corretamente em que sentido a formulação “marchar separadamente, golpear juntos” se apresenta como um “lema”, um “preceito”, uma “regra”, uma “premissa”, uma “linha” a ser seguida. Como se nota, para Lênin, assim como para Trotsky e Marx, não se trata de uma tática circunstancial, ocasional. Essa formulação se impõe, usando as palavras de Lênin, “inevitavelmente”, trata-se de “condições que jamais devemos esquecer” e, vai ainda mais longe, “precisamente assim procedemos nas eleições de São Petersburgo e assim procederemos sempre”. Temos, portanto, um critério a ser sempre seguido na confirmação ou não de frentes, blocos e unidades. Teríamos assim um dogma ou uma formulação não dialética?

Os que assim formulam a questão longe estão de serem dialéticos. Dialética não é uma palavra mágica que permite que tudo seja feito conforme a análise de cada caso. É o empirismo que tira suas conclusões baseadas unicamente na análise de casos. Ou o que é pior, as impressões da atuação cotidiana. O marxista certamente analisa os casos particulares, mas tal análise está subordinada à sua concepção crítico revolucionária da sociedade burguesa, isto é, ao programa da revolução socialista que, por sua vez, se baseia em uma análise objetiva das necessidades históricas de uma classe social: o proletariado.

A análise marxista de situações particulares, portanto, está sempre assentada em uma perspectiva dotada de universalidade: a crítica histórica da sociedade burguesa. Daí a confusão empirista pseudomarxista que acredita que a análise concreta – do caso concreto –   é a análise de situações particulares isoladas da universalidade do programa. Lênin combateu duramente tal perspectiva presente entre vários mencheviques.

Certamente o marxismo é dialético porque “marchar separadamente, golpear juntos” não é um dogma, mas um critério. Existem formas diferentes de “marchar separadamente e golpear juntos”: aí entra o campo das táticas nesse caso. Por exemplo, é possível marchar separadamente por meio do entrismo em outras organizações? Com certeza. No entanto, o entrismo é a forma mais adequada para marchar separadamente? Evidentemente não. Não sem razão, somente situações excepcionais podem fazer do entrismo a tática adequada, ainda assim, por um curto período de tempo e com objetivos bem definidos.

Isto é assim porque o campo das táticas é flexível, mas não ecléticos, empíricos. Possuem critérios porque estão subordinados a um programa que, por sua vez, se assenta em aspectos objetivos e históricos e não circunstâncias. Nos dias de hoje, quando a palavra frente se converte em uma espécie de fetiche entre várias organizações de esquerda, é essencial rememorarmos essa formulação e refletirmos sobre seu significado e consequências. Bem como, os impactos históricos de seu abandono.

 


Referências

MARX, KARL. Mensagem ao Comitê Central da Liga dos Comunistas (1850). Marx-Engels: Textos. v. 3. São Paulo: Edições Sociais, 1982. pp. 83-92

PARVUS, Alexandre. Prefacio a Antes del 9 de enero de L. Trotsky in https://www.marxists.org/espanol/parvus/1905/enero/prefacio-antes-9-enero.pdf Consulta em 9/05/2016.

LENIN, Wladimir Ilitch. Obras Completas, tomo 8. Moscú: Progreso, 1980.

_____. Obras Completas, tomo 12. Moscú: Progreso, 1981.

TROTSKY, Leon. Escritos, Tomo VII, v. 2, Editorial Pluma. 1979.

GRAMSCI, Antonio. Cadernos do cárcere. 3a ed., Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004, vols. 3

Gustavo Machado

Editor do blog Teoria e Revolução.